A palavra “Transição” é provavelmente uma das mais utilizadas
no futebol actual. No entanto são poucos aqueles que a utilizam de forma
correcta. Para muitos uma “Transição Ofensiva” é uma forma pomposa de dizer
“Contra-ataque” e uma “Transição Defensiva” não é mais do que a tradicional
“Recuperação Defensiva”.
Parece-me importante esclarecer o que são afinal as
transições e demonstrar que esses conceitos estão a ser mal empregues por muita
gente com voz activa do nosso futebol.
Como já explicara em artigos anteriores o jogo de futebol
divide-se em 4 momentos dinâmicos, a saber: organização ofensiva, organização
defensiva, Transição Ofensiva e Transição Defensiva. Os momentos de transição
são aqueles que estão entre os momentos ofensivos e defensivos.
Transição Ofensiva – É o momento em que a equipa
recupera a posse de bola e tudo o que acontece logo após essa recuperação. Normalmente
tem a duração de 3 a 8 segundos (dependendo dos autores)
Transição Defensiva: É o momento em que a equipa perde a
posse de bola e tudo o que acontece logo após essa perda. Normalmente tem a
duração de 3 a 8 segundos (dependendo dos autores)
Recuperar a posse de bola é bem diferente de realizar um
Contra-ataque. Uma Transição Ofensiva pode proporcionar um contra-ataque, um
ataque rápido ou um ataque posicional, dependendo das características da equipa
e do nível de organização momentânea do adversário. Equipas muito evoluídas podem
aproveitar ainda o momento de Transição Ofensiva para conservar simplesmente a
posse de bola com o intuito de quebrar o ritmo de jogo ou mesmo de descansar
com a mesma.
Numa Transição Defensiva não é líquido que aconteça uma
recuperação defensiva pois, no primeiro momento da transição, ou seja, logo a
após a perda de bola, a equipa pode optar por pressionar de imediato o adversário,
encurtando as linhas em largura mas não recuando
Exemplos de Transições
Ofensivas:
Exemplos
de transições Defensivas:
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